Sei que estou atrasada
na onda da leitura, mas esses dias vi que "A Culpa é das estrelas"
permanece firme e forte no ranking dos mais lidos listados pela revista Época
há 36 semanas (!!!), então acho que não faz mal eu só estar falando dele agora,
né?
O caso é que, quando
estava no auge e todo mundo estava lendo, eu tinha decidido não ler esse livro.
Achei que me envolver com uma história sobre adolescentes com câncer iria
acabar me botando deprimida e eu não estava muito inclinada a me atirar na
fossa de propósito. Mas aconteceu de um dia desses eu estar esperando o namorado
numa livraria e, enquanto ele não chegava, resolvi dar uma folheada no início
de "A Culpa é das Estrelas", só pra tentar ter uma ideia do que era
tão especial nele que estava fazendo com que se tornasse o novo livro de
cabeceira de todo mundo. Só que com base nos 3 primeiros capítulos (que eu
acabei lendo ali), achei que o livro não tinha essa atmosfera tão pesada quanto
eu imaginava... Daí eu acabei ficando curiosa e não resisti: baixei pro kindle
e li o livro todo.
SINOPSE:
Hazel é uma paciente terminal. Ainda que, por um milagre da medicina, seu tumor tenha encolhido bastante — o que lhe dá a promessa de viver mais alguns anos —, o último capítulo de sua história foi escrito no momento do diagnóstico. Mas em todo bom enredo há uma reviravolta, e a de Hazel se chama Augustus Waters, um garoto bonito que certo dia aparece no Grupo de Apoio a Crianças com Câncer. Juntos, os dois vão preencher o pequeno infinito das páginas em branco de suas vidas.
Devo reconhecer que o
John Green foi bastante habilidoso com esse livro. Ele conseguiu escrever um
romance sobre adolescentes com câncer apaixonados sem ser um troço pesado e
deprimente. Os personagens principais, Gus e Hazel Grace (como o Gus
gosta de chamá-la :) ), conseguem ser bem resolvidos com a situação e narram
tudo com humor e, muitas vezes, ironia, o que torna a leitura até bastante divertida,
apesar do contexto. Na realidade, o foco do livro não é a doença, mas a relação
deles e como, apesar das circustâncias, eles fazem coisas que jovens normais
fariam, tipo conversar sobre livros, fazer piqueniques, jogar vídeo-game, etc.
Até a forma como eles se conhecem não é a mais previsível (pela sinopse, a
gente pode pensar que eles estavam lá se lamuriando no grupo de apoio e um se
compadeceu do outro e lalala... Mas nada disso! O primeiro contato entre eles é
uma coisa muito mais descontraída e é engraçado que eles e o amigo, Isaac, que
também tem câncer, vivem fazendo piadas a respeito do grupo de apoio). Pelo que
eu percebi, o câncer é uma espécie de "pano de fundo", mas temos que
admitir que é um pano de fundo com certa relevância, né?, na medida das
consequências que ele pode ter... Os personagens secundários também dão um
tempero especial na trama!
A história é realmente
muito fofa e você consegue tirar umas lições bem válidas dali (principalmente
no que diz respeito a manter a cabeça erguida e tocar a vida com graça apesar
das adversidades). E não tem jeito, tinha que ser meio triste mesmo... Confesso
que dá pra chorar em alguns momentos e ficar tocada, sim. PORÉM, continuo sem
entender o mega rebuliço que se fez em torno desse livro. E, olha, eu realmente
não me considero uma pessoa insensível... Sim, o amor entre o Gus e a Hazel é
lindo. E, sim, a história é emocionante. Mas, sei lá, acho que já li coisas tão
tocantes e profundas quanto sobre as quais não se fez tanto alarde. Acho que
por tudo que foi falado, por tantas paredes rabiscadas e camisetas
confeccionadas com "quotes" do livro, por tantos "Okay?
Okay"'s nas mais diversas formas que eu vi por aí (até bolo de aniversário decorado com "Ok? Ok"
eu vi, juro!) e por ter ficado tanto tempo no ranking (vide a primeira
posição mesmo depois de 36 semanas) eu, de certa forma, esperava um pouco
mais... E, apesar de ter gostado bastante, o livro não teve o efeito de me
fazer ficar louca pra ler todos os outros escritos pelo John Green (coisa
que aconteceu com muita gente, pelo que eu andei vendo por aí). Talvez isso
tenha relação com a faixa etária e o pessoal mais novinho, que embarcou nessa
onda de leitura há pouco tempo e ainda tem uma menor bagagem literária, tenha
se impressionado mais... Mas, em resumo, o livro é bom. Se tivesse que
classificar, provavelmente daria de 3,5 a 4 estrelinhas pra ele.
É maravilhoso esse livro, chorie muito no final :(
ResponderExcluirJohn Green é um ótimo escritor.
http://ihurricanestars.blogspot.com.br/
O livro é bem bonitinho e emocionante, sim. E, realmente, o John Green merece seu crédito, porque afinal de contas, ele conseguiu escrever um livro sobre um tema pesado de uma maneira mais leve... :)
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